2 de janeiro de 2011

Então foi Natal

Se quiser pegar um trem em Paris, não adianta estar no local indicado na passagem com 2 horas de antecedência e prestar atenção no quadro de horários e avisos. É preciso ouvir os avisos em francês para saber onde fazer check-in.
Esse dias em Paris não tiveram seus registros instantâneos porque a tomada era longe demais da minha cama, assim não podia usar o iPod e deixá-lo carregando ao mesmo tempo.
Então vou pegar da última vez que escrevi. 

A chegada a Paris foi marcante, com a nona de Beethoven tocando no fundo e a cidade se revelando por detrás de montes de neve que acabara de cair.
Não pude contar com o metro, pois, apesar do que o site indicara, os maquinistas decidiram passar o Natal com seus familiares. Como a pontualidade dos trens europeus é uma falácia, não pude participar da Missa do Galo e fui logo ao albergue.
Lá conheci algumas figuras, como as tailandesas Ming e Mang, o paulista pé-no-saco Júnior, alguns colombianos, argentinas e gregas.
Na verdade não curti muito o lugar, a wifi é paga durante a noite e o foco dado é no pub que funciona no térreo, a janela do banheiro na fecha e o quarto é pequeno demais pro número de pessoas e não tem armário, resultando na falta de espaço para andar. Vou xingar muito no hostelworld.com.
No primeiro dia na capital francesa, decido caminhar até o Arco do Triunfo. São só 6 kmzinhos, tipo eu ir do NorteShopping pra Cascadura, o que eu fazia sempre. No caminho, usando o chapéu em vez na toca, sinto um frio insuportável nas orelhas e compro um protetor ridículo de feito e cuja durabilidade não é maior que um dia. Paro para comer um ensopado com arroz estranho em uma lojinha e beber um energético, já prevendo o que eu ia passar no dia.
Sempre a andar, começo umas pequenas gravações de áudio nas quais descrevo o que vou achando do lugar pelo qual passava. No Arco encontro com centenas de turistas, inclusive um grupo de meninas de Santa Maria, RS, que eu havia conhecido em Barcelona. Feitos os devidos registros, vislumbro tocar o caminho para os prédios que se destacavam no limpo horizonte parisiense. Após um chocolate quente para suportar o gelo, vou-me indo. Paro num shopping com sua faixada chamativa, marcando o término da Paris clássica, com seus edifícios padronizados. 
Tomo o metro (ao pensar que comprar um ticket de 10 passes, recebo 10 tickets) e desço na estação que de localiza bem no meio da praça. Toda aquela região foi projetada para ser acolhida como um centro de convivência para a população e, econômico para as empresas. Assim foi. O Arco é o edifício que mas se destaca na Le Guardia, mas muitos outros também são de prender o olhar. Fui por lá caminhando e falando sozinho, ou melhor, registrando minhas impressões. Depois de andar pela ponte que sobrecaminha um cemitério, parei em um prédio genérico para recuperar a temperatura corpórea nas pontas dos dedos.
Voltando à região mais movimentada da praça, como um verdadeiro crepe francês (muito sem graça) e vou para o shopping. Decido assistir a um filme chamado "O Turista", mas antes pergunto ao atendente se o filme é dublado ou legendado, ele afirma ser legendado. Ao começar ouço os caras falando em francês e fico indignado, então percebo que é só o começo em Paris!
Para o fim da noite tento ir à estação central comprar minha passagem para Londres, mas a viagem é em vão por causa dos 5 minutos que gastei tentando achar a saída da estação.
Querendo ter uma visão diferente dos pontos turísticos, rumo ao Louvre às 22:30. Neste caminho de ida e volta pela linha 1 do metro tenha a idéia para um conto parisiense. Curtindo a pirâmide de vidro, recomeço a gravar meus comentários em áudio. De lá decido ir a Torre Eiffel, que parecia ser bem perto. Após uma penosa caminhada chego, tiro foto e filmo a torre mais famosa do mundo e parto para buscar a estação de metro mais próxima.

Um comentário:

Renan R. Diniz disse...

Não reclame de 6 Km... Estou andando todo dia para o estágio (2,5 Km cada trecho) e correndo todo dia (3Km)... Acho que o distrito de prédios que você falou é La Defense