5 de novembro de 2007

Formigas assassinas, televisão, mentor, mentiras e mais.

Eu estou um mês para lancar este post, finalmente sai.

O CTA tem uma fauna exuberante, mais ainda tornou-se no dia em que as formigas gigantes e assassinas decidiram sair de suas tocas. Enquanto caminhava despreocupadamente pelo raiz de dois, esbarro com uma dessas bizarras formigas super-retro-desenvolvidas. Elas cavam um buraco de forma intrigante e hipnotizante, devo admitir que muitas pessoas agora não têm dúvidas sobre minha personalidade autista, não me contive a parar diversas vezes a observar essas criaturas
Ia eu lendo meu Sherlock Holmes quando observo a minha frente uma nuvem de formigas que acabaram de ter sua casa destruida. Dois homens muito bem protegidos catavam-as para vender, dizem que essas tanajuras têm grande valor, enquanto eu me questionava se deveria seguir meu caminho ou contornar o quarteirão, detalhe: eu estava de bermuda, camiseta e sandália, pelo caminho havia milhares desses insetos, inclusive aqueles de cabeça vermelha e garras gigantes. Decedi pela minha vida e tomei o maior caminho.

Quando algum externo entra em contato com a diretoria do ITA, eles logam passam a tarefa ao coçado CPOR(ra). Assim foi com a produção da Band, eles queriam que participássemos do programa "A Grande Chance". Depois de muitos mêses de adiamentos, fomos gravar no final de outubro.
A empolgação esta estampada no rosto de todos, nosso líder, Fiat Lux, transpassava confiança e segurança. A viagem foi um tanto conturbada devido à falta de orientação do motorista, mas chegamos lá. Notava-se uma grande animação por parte da PUC, nada que nos assustou ou impediu de cantar "Minha secretária" em resposta a "Aqui tem mais mulher". No interior do estúdio manteve-se a troca de canções até começarmos as gravações.
Só um comentário: nada é o que parece ser! As gravações começaram com "cenas" da gente aplaudindo, respondendo, fazendo cara de interessado, entediado. Depois foram gravados os comerciais: "Suco rayzes! (glup) Ah! Como é bom! (corta) Água por favor. Bem que podiam ter gosto de fruta, não de raíz!". Então começamos o programa.
Apesar de eu não fazer a mínima idéia de quem inventou o trio elétrico, o ITA classificou-se para a segunda fase, no qual enfrentou a USP. Durante toda esta faze, demos um show de conhecimento e carteação, Alê foi incrível na "Palavras impossíveis" e o Fiat apresentou toda sua desenvoltura fechando três pirâmides em 30 segundos. Até o Leão falava que nosso jogo estava admiravelmente melhor que o da adversária.
Infelizmente, como em qualquer Passa ou Repassa que se preze, não adianta ir bem o programa todo e vacilar (ou ser vacilado) no último bloco. Perdemos o carro, eu, meu mesanino, mas valeu o passeio e meus 0,3 segundos de fama!

Está certo que na AIESEC é It's up to you, mas não há nenhum problema em pedir a mãozinha de alguém. Existe na @ cultura de manter um sistema de mentoria para que cada membro possa desenvolver-se com um apoio externo. Depois de muito ouvir a respeito, decidir por em prática, convidei para ser meu mentor um de meus melhores amigos no H8, um cara em quem confio e sabe o que fala, ninguém menos que o senhor Bruno "Pinky" Valente.
O protocolo sugere manter reuniões em um intervalo constante, mas isso não se aplica no meu vizinho que estou sempre a visitar. Ele tem me ajudado e planejar meu futuro na @, apesar de eu não conseguir alguns cargos a que eu almejava.

Diários de motocicleta e Piratas do Vale do Silício - Biba me convidou para assitir esses dois filmes que prometem, porém o sono foi maior. Mal posso comentar sobre eles, então deixo para fazer isso quando assisti-los novamente.

O Cheiro do Ralo - Eis um filme que propõe uma quebra de paradigmas, uma nova visão de mundo e se tornar uma obra-de-arte respeitada e memorável, do tipo que críticos falam que "a visão de diretor é fabulosa" e "a atuação de Selton (ou Dalton) Melo é exuberante". Para mim foi uma porcaria sem precedentes. Alê sugeriu esta grande peça que realmente cheira a ralo profundamente entupido.

O Ilusionista - Cumprindo mais um ponto de minha lista, fiz questão de alugar este no Marcelo, mesmo que a Leila não fosse a favor. Não há nada que um cara-ou-coroa não resolva. O ator principal é realmente bom, a histõria parece que vai se perder no meio, mas se encontra no final. Apesar de eu ter sido o único a não durmir, recomendo este filme.

Entrevista com o Vampiro - Iniciando uma nova fase, Diogo pede para que eu lhe ajude a encontrar uma maneira de cagar o pau. Entre várias opções, ele escolhe rever este filme. Sempre com comparações ao RPG, este filme é bem legal. Lestat e Cláudia tornam-o divertido, a pequena capeta futura Sra. Parker é impagável. (Esta palavra lembra-me o Diogo G)

Belas mentiras - Sempre que alguém me perguntava:"O que está lendo?", não por má vontade eu respondia:"Não sei.". Além de ser um livro completamente carteado, os dois primeiros capítulos só podem ser entendidos no decorrer da história. Interessante como associei uma cena ao meu caminhar por São José, agora tenho mais segurança para andar pelas ruas da cidade com um livro, apesar de parar de lar algumas vezes para admirar o cenário. Mergulhei nesta história com muito prazer, com certeza leria uma continuação, pois nem tudo está resolvido. Destaquei para aqui citar alguns trechos interessante, algo sobre pipa, liberdade e medo, mas deixei o Livro para a Leila ler. Creio que se ela tiver paciência de chegar ao capítulo 5, vai gostar de tudo.

O último adeus de Sherlock Holmes - Nada elementar, caro Watson. Casos bem diferentes do "As aventuras", nota-se realmente um tom de despedida de narrador. Estão incluídas duas histórias quase-solo de Watson, uma com narração em terceira pessoa, dois Holmes, um detetive Tio Sam outrora maribundo e outros mais. Sherlock Holmes é sempre uma boa leitura, aguardo uma oportunidade de completar minha coleção.

Uma que não sai da cabeça, valeu Diogo:

Toquinho e Vinicius de Moraes - Chega De Saudade
Vinicius De Moraes / Antonio Carlos Jobim
Vai, minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai

Mas se ela voltar
Se ela voltar
Que coisa linda
Que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim...
Vamos deixar desse negócio
De você viver sem mim...

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