Enquanto comia meu Royale Cheese pesquisei um hostel em Marseille, encontrei o Hello Marseille mas não pude fazer a reserva porque o app do iPod pemba nisso. Pensei que não teria mal, pois havia lugar e lá chegaria em menos de duas horas. Anotei no gmaps o trajeto.
Chegando em minha primeira cidade francesa, imaginava que seria pequena, mas é uma grande cidade costeira, tem até metro. Superando a dor no joelho que me consumia fui seguindo o que o gmaps indicava. Eis que a chuva veio para melhorar minha caminhada. O ruim do gmaps é que ele não aponta um caminho pelas ruas principais, mas parece tentar seguir a aproximação de uma linha reta. Isto fez com que eu enteasse por ruas menores de uma cidade desconhecida, às 23:00 sob chuva. Que maravilha.
Mas protegido que sou cheguei seguro ao local. Tal como em Madri não havia nenhuma indicação clara do hostel, só uma singela placa ao lado do interruptor. No prédio fui entrando e subindo as escadas até achar o local, para a alegria do meu joelho era no 4o. O atendente me informa que só havia um lugar e para uma noite apenas. Teria sido meu anjo da guarda que foi bá frente guardar essa cama quente para mim? Sei que tomei um bom banho morno numa banheira e dormi tranquilo. Só teria sido melhor se o cara da cama do lado não roncasse tal qual um porco com dor no dente sendo sacrificado para a ceia de Natal.
Acordando cedo, pensando nos morangos que eu havia plantado, cof, digo, que café-da-manhã que era oferecido fui pensando o que poderia fazer durante o dia e tentava entender como funcionava o açúcar. Impressionei-me com o fato de eles realmente usarem o açúcar em cubo do desenho do Pica Pau. Porém minhas pernas pediam para voltar pra cama e meus olhos não queriam muita coisa depois de Barcelona, então para o mundo dos sonhos voltei.
Completado o descanso, faço o check-out e me encaminho para a estação. Descubro que Paris dó seria acessível pelo último trem, pois somente este possuía lugar vago na 2a classe. Retorno ao hostel para enrolar, sem antes deixar de comer num Lerdinho local com minha amada Cherry Coke. Depois de deixar a mochila na recepção e me atualizar no twitter saio para ver tranqüilamente a cidade.
Passo em uma C&A com o intuito de comprar um substituto para o cachecol que eu esqueci num trem ontem, compro também um há muito desejado colete preto, daqueles que se usa sob o terno.
Passeando pela ventosamente fria Marseille encontro o Palácio de Monsior Merci Bocú e o busto do capitão Jean Pierre Le Pepe, herói de guerra morto defendendo a cidade dos nazistas. Chegando na ponta do cais, pensei em minha querida cidade de Natal, pois o vento chegou a arrancar meu chapéu e meus óculos.
De volta ao hostel, enrolo mais um pouco lendo alguns capítulos de "The Restaurant at the end of the Universe" e conversando com alguns amigos. Como no trem eu entraria em Paris e no Natal, decidi me vestir para a ocasião, de quebra estréio o colete. Como tinha mais de 30min até a partida e não tenho medo de joelho fazendo cara feia, fui andando até a estação. Tá bom, na verdade foi porque achei muito complicado ir de metro, tinha que trocar de linha três vezes.
Apesar de ficar um pouco preocupado com a hora (foi só rezar umas Ave Maria's que o tempo foi passando mais devagar), ainda tive tempo de comprar minha ceia de Natal: chips, Kinder Bueno e a água que já carregava no bolso.
Espero que ao chegar na Cidade Luz eu possa assistir no mínimo ao final da Missa do Galo na igreja de Saint-Joseph Artisan.
Feliz Natal! Que Nosso Senhor Jesus Cristo nos traga Sua Paz e Salvação!
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