28 de julho de 2007

Moto perpétuo



Antes de qualquer coisa, googlei o título deste post. O 1° resultado, como é possível observar, tem um quê de absurdo e surreal. Valha-me Santo Google!

A questão inicial é falar sobre minha rotina de viagem. É realmente complicada essa brincadeira de mudar de estado a todo momento. São muitas pessoas que não quero deixar para trás, lugares em que quero estar antes de partir novamente e a incômoda sensação de estar esquecendo de pôr algo na mala.

Minha mãe e Leila dificultam a partida, sei que é por amor, e isto torna cada volta ainda mais prazerosa. Sempre que volto, meu irmão finge que eu nunca saí de casa, só fala dos jogos novos e já estamos cumprimentados, Floquinho ensaia um estranhamento, mas logo me reconhece, com cada amigo para qual ligo são algumas horas de papo até marcar o war/cinema/rodízio/festa no qual vamos nos reencontrar. Peculiar notar como amigos que estão sempre no Rio só se encontram quando eu venho, talvez seja preciso perder a possibilidade de ver os amigos para sentir-lhes a falta.

Mesmo no H8, a experiência de ir e vir é vivida, porém em menor escala, por enquanto. Imagine quando formos para Natal! Como cada objeto de casa deve receber um destino, Natal ou São José, está chegando a hora de revirar o baú. Desta vez estou levando meu uniforme Jedi e meu kimono ao H8. Aos poucos carrego minha casa nas costas.
Sinto uma pontinha de medo de perder novamente tudo o que coloco na mala, se Deus quiser isto passará.

Fechando a aba do MercadoLivre me lembrei de um fato interessante: Andando pelo shopping encontrei numa loja de eletrônicos (acredito ser da Vivo) um modelo de câmera parecido com o da minha, parei e perguntei o preço da minha C630. Qual não foi minha supresa ao receber a saber que paguei metade do preço de shopping?
Eh crianças, aprendedam a liçam: cuidado para não sair pagando as luzes brilhantes e o desperdício de água do chafariz.

Nunca entendi esta música. Não sei porque, mas gosto dela:


A palo seco - Belchior



Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo, eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
Tenho 25 anos de sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força desse destino
Um tango argentino
Me cai bem melhor que o blues
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
E eu quero é que esse canto torto feito faca
Corte a carne de vocês

Um comentário:

Las Carmelitas disse...

oi lu, entrei mais pra deixar um recado para vc.rsrs.beijinhos